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Itapoan tinha 3 anos quando saiu pela primeira vez de casa, no dia 24 de novembro, para nunca mais voltar. Entrou na carroceria escura de um caminhão com o irmão Ibicuí e outros cinco rumo à capital. Foram duas horas de viagem até Salvador, e só o percurso já havia sido uma mudança brutal na rotina de Itapoan, criado solto no pasto da fazenda Gameleira, no Recôncavo Baiano. Tanto que, findo o périplo de caminhão, ele fugiu.
Itapoan era um boi da raça nelore, escolhido para ser exibido, leiloado e, quem sabe, vendido na feira de agronegócios baiana, a Fenagro, onde lhe aguardava uma área cercada, com capim picado e espiga de milho à vontade — mas não o pasto sem fim da fazenda. Ante o espaço cercado que lhe cabia, Itapoan, de assustado, correu.
Correu tanto que sumiu. Vagou durante cinco dias pela capital. Cruzou a Avenida Dorival Caymmi, passou pelo setor de cargas do aeroporto de Salvador, entrou no mato fechado, atravessou um areal e, por fim, deparou-se com a praia de Stella Maris. Seguiu em frente, entrou no mar e tentou passar a arrebentação, enquanto banhistas apontavam-lhe as câmeras dos celulares e surfistas tentavam agarrá-lo. Em vão. Na quinta-feira, depois de mais de uma hora entre a espuma das ondas, Itapoan morreu.
"Era um nelore, um boi manso, um bicho que não atacaria ninguém. O boi é presa na cadeia alimentar, talvez até desconfie que os homens possam comer sua carne, mas ele não, ele não atacaria um homem, porque não é da natureza do nelore ser agressivo", diz Paulo Vilas-Bôas Machado, dono da fazenda Gameleira que, nos cinco dias em que Itapoan vagava pela cidade, estava sempre um passo atrás no caminho incerto trilhado pelo animal.
A cena do boi no mar ganhou as redes sociais, em vídeos e fotos. Houve quem dissesse que o boi corria contra o capitalismo — no caso, a feira de agronegócios onde seria leiloado e talvez arrematado por estimados R$ 9 mil. Houve quem dissesse que o boi queria era conhecer o mar — “e quem somos nós para saber o que se passa na cabeça de um boi?”, pergunta Machado. Para o criador de gado, cuja família recebeu os primeiros casais de nelore trazidos da Índia para o Brasil em 1906, a única certeza era a de que o animal estava aterrorizado.
"Itapoan saiu de sua zona de conforto, viajou de caminhão, desembarcou em ambiente estranho e fugiu porque ficou apavorado. Quem não ficaria? O boi é um animal gregário, e Itapoan ficou de sábado (dia 24 de novembro) a quinta-feira (dia 29, quando morreu) sozinho. Certamente se estressou muito com essa solidão", diz o criador, para em seguida completar: "O boi, ele não conhece a solidão".
Machado, um engenheiro de 65 anos, nascido e criado entre o plantel da família, passou a administrar a criação de fato desde a morte do pai, cinco anos atrás. Ele conta que Itapoan cresceu entre as 400 cabeças de gado da fazenda Gameleria, onde o gado nelore é criado solto no pasto, e não em regime de confinamento.
Filho de Aliado e Batalha, Itapoan carrega o sobrenome OM, iniciais de Otávio Machado, pai de Paulo Machado, que herdou o plantel iniciado pelo bisavô. Os bois ali, segundo o fazendeiro, são bem menores que aqueles “gigantes vencedores de competição” em feiras de agronegócio — um animal da idade de Itapoan, criado sob a filosofia do “quanto maior, melhor”, como define Machado, pesaria pelo menos 800 quilos, 200 a mais que o falecido Itapoan.
Antes da ida para Salvador, por serem criados soltos, Itapoan e seus cinco companheiros de viagem passaram por uma espécie de treinamento: foram 60 dias em regime de confinamento incompleto, em que os bois dividem-se entre o pasto à noite e o cocho durante o dia, para se adaptarem ao espaço fechado de uma feira de negócios.
"Nós selecionamos os bois que vão para a feira e já escolhemos os mais mansos entre esses animais que já são mansos. Os selecionados passam por esse preparo para a exposição, e Itapoan, claro, cumpriu a regra. Mas o que eu posso dizer? Desde que pisou em Salvador, esse boi só fez querer fugir", lamenta Machado.
Quando chegou à capital, no sábado do dia 24, Itapoan viu o cercado em que ficaria e desatou a correr. Parou só quando estava fora do parque de exposições e esparramou seus 600 quilos num gramado. Quiseram mandar-lhe duas fêmeas para atrair sua atenção, o tratador chamou, o criador tentou, o veterinário veio — e Itapoan seguiu deitado.
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Foi só quando lhe apontaram uma espingarda com o dardo de sedativo que correu. Então vagou por cinco dias pela cidade. O criador se disse “apavorado” desde o primeiro minuto. Recebia ligações sobre o paradeiro do bicho e saía em disparada com o veterinário ou com um grupo de cavaleiros, ou ainda levando outros bois para que Itapoan “se sentisse mais seguro”. Nessas ocasiões, o animal era visto de relance e logo sumia.
"Recebi até telefonemas maldosos, dizendo que ele tinha cruzado a avenida Dorival Caymmi e entrado num bar", conta o criador.
Quando soube que o animal estava no mar, Machado pegou o carro e foi à casa do veterinário para trazê-lo à praia de Stella Maris. Ficou preso no trânsito e, quando chegou, viu o bicho já boiando na água.
"Foi uma dor e também um alívio. Eu sabia que ele tinha passado cinco dias em desespero, e eu também, sempre no encalço dele, sabendo do sofrimento do animal e temendo que, por exemplo, ele cruzasse uma avenida e causasse um acidente".
Itapoan era um nelore de ótima genética, uma marca da raça naquela região da Bahia. Segundo Luiz Antonio Josahkian, superintendente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), embora em número o rebanho no Recôncavo Baiano seja pouco expressivo — a concentração de nelores se dá no Centro-Oeste, com tendências de crescimento para a região Norte do país —, planteis como o da família Machado preservam genes ancestrais.
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"São criatórios expressivos pela qualidade genética. Houve um cuidado no cruzamento desses animais e são de uma ótima linhagem", diz Josahkian, para em seguida se referir ao finado Itapoan: "É uma tragédia perder um animal de tal qualidade. O nelore é extremamente dócil, defensivo por natureza. O boi devia estar em pânico, coitado".
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