O Papa Leão XIV, nascido Robert Francis Prevost nos Estados Unidos, está sendo alvo de graves acusações por suposto acobertamento de abusos sexuais cometidos por padres durante sua carreira eclesiástica, tanto nos EUA quanto no Peru. Nos anos 1990, enquanto liderava a Ordem de Santo Agostinho em Chicago, Prevost teria abrigado o padre James Ray — acusado de abuso infantil — em uma casa da ordem localizada próxima a uma escola, sem informar a direção da instituição. O sacerdote, mesmo com restrições para atuar com menores, permaneceu ali por anos.
Entre 2015 e 2023, durante seu mandato como bispo da Diocese de Chiclayo, no Peru, surgiram novas denúncias. Elas apontam que Prevost ignorou relatos de abuso sexual cometidos por dois padres contra três freiras. Segundo as acusações, ele não teria conduzido investigações internas adequadas, tampouco iniciado os processos canônicos ou civis correspondentes. A diocese alegou que orientou as vítimas a procurarem a polícia e afirmou que os casos foram arquivados pela Justiça peruana por prescrição.
Organizações de defesa das vítimas, como a Rede de Sobreviventes de Abusados por Padres (SNAP) e o site BishopAccountability.org, acusam Prevost de proteger a imagem institucional da Igreja em detrimento da segurança das vítimas. Um dos casos mais emblemáticos envolve sua omissão quanto ao histórico do padre James Ray em Chicago, ao não alertar a comunidade escolar sobre os riscos da presença do religioso, já investigado por pedofilia.
O Vaticano ainda não se manifestou oficialmente sobre as acusações. No entanto, defensores das vítimas e fontes ligadas à Igreja no Peru questionam a escolha de Prevost para o pontificado diante desse histórico. Eles apontam a necessidade urgente de reformas estruturais dentro da Igreja para lidar com a crise dos abusos sexuais de forma mais transparente e eficaz.
Com o início de seu papado, Leão XIV enfrentará intensa pressão por respostas e ações concretas. Ativistas e sobreviventes cobram medidas como acesso irrestrito aos arquivos da Igreja, a criação de conselhos com participação de vítimas e a aplicação rigorosa da política de “tolerância zero” nos casos de abuso. O modo como o Papa lidará com essas exigências será determinante para o futuro de seu pontificado e para o legado que deixará na história da Igreja Católica.
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fonte: infomoney
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